uma surpresa agradável numa tarde nem um pouco agradável...
hoje a minha vizinha, d. darcília, passou mal e ajudei a levá-la para o atendimento na UPA da Tijuca. A UPA é uma central de pronto atendimento para casos emergenciais que não necessitam de hospital.
Primeiro, foi um susto enorme, d. Darcília ficou com a pressão de 20 X 6! Ela tem 93 anos, mora sozinha e não tem plano de saúde. Eu e outra vizinha a socorremos e, depois de muita insistência, conseguimos levá-la ao posto.
A gente, que é classe média e sempre pagou o plano de saúde diretitinho, tem total desconhecimento e muito preconceito quanto ao atendimento da saúde pública. Pois eu posso dizer, sem sombra de dúvida, que dona Darcília foi extremamente bem atendida, por profissionais qualificados e gentis, sem burocracia, em um ambiente limpo, organizado e com ar condicionado funcionando perfeitamente.
a enfermeira Sueli, que a atendeu, deu soro e remédios, foi de uma delicadeza rara - inclusive, em hospitais "de grife" eu não encontrei equivalentes a ela.
Sim, estava cheio, mas não estava lotado. Todo mundo esperava atendimento sentado em cadeiras novas, limpas e bem cuidadas. Ficamos 4 horas lá, mais ou menos, e vimos muitos pacientes sendo atendidos - e muito bem atendidos. Eu acompanhei d. Darcília enquanto ela tomava soro e fazia exames. Ela não ficou desassistida em nenhum momento.
No fim das contas, com um raio X, um exame de sangue e outro de urina, a doutora verificou que dona Darcília está com um começo de pneumonia. Lá mesmo pegamos os remédios e ela vai ficar na casa do irmão durante o tratamento.
Na hora de xingar, a gente xinga. na hora de elogiar, é preciso elogiar sim, e não cair na besteira de dizer que é só a obrigação. Sim, é a obrigação, mas é um excelente exemplo de dever cumprido. Parabéns, UPA Tijuca!