vamos ver se desta vez vai. porque eu escrevi o post, emocionada, e o blogger comeu.
eu tava lá nas
duas fridas e vi um post já no fim da página. a monix tava falando dos dez livros que marcaram a vida dela. e eu pasmei, pois tinha lá dois livros que marcaram a minha também.
tá aqui a lista dela:
1) A Bolsa Amarela 2) Os 12 Trabalhos de Hércules 3) Pollyana 4) O Apanhador no Campo de Centeio 5) As Brumas de Avalon 6) Memórias Póstumas de Brás Cubas 7) Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres 8) Antologia Poética de Manuel Bandeira 9) Reengenharia do Tempo 10) Mothern
e tá aqui a minha. sem nenhuma ordem de preferência.
1)
A Bolsa Amarela e muitos outros da Lygia Bojunga Nunes. Eu me reconheci na Raquel, como me reconheci na Escritora, no tatu Vítor, na Maria e em tantos personagens. A Bolsa Amarela é muito importante para mim, tanto quanto "A Troca e a Tarefa", história do livro Tchau. Agorinha li "A Cama", outra protagonista com onze anos, outra menina corajosa e desmiolada na opinião da mãe. O que mais me abalou foi "O Abraço", que me dava vontade de gritar para a personagem "não vai! não vai!" e virava a página com medo do que ia ler.
2)
Os Doze Trabalhos de Hércules, de Monteiro Lobato, ganha de Reinações de Narizinho por dois motivos: deuses gregos e uma Emília que rouba todas as cenas. Um dia eu vou ser a Emília. Um dia eu chego lá.
3)
O Vampiro Lestat, de Anne Rice. Comprei este livro em 89. A primeira edição brasileira. Não tinha virado filme, não tinha virado moda, principalmente não tinha a cara de Tom Cruise e sim a de Rutger Hauer. Isso faz toda a diferença. Ele é meu amante desde então. Está riscado, rabiscado, com letras de música e a poesia de um amigo. Eu saslvava esse livro de mil incêndios se fosse necessário. É o primeiro da lista que ainda está comigo, os dois outros estão só de coração.
4)
A Disciplina do Amor, de Lygia Fagundes Telles. Veio desempatar a dúvida entre As Meninas e Ciranda de Pedra. Uma Lygia me segura pela mão e me fala baixinho as histórias que sua pajem lhe contou. A outra vem ao meu lado e me dá uma bola de aniversário vermelha e tem uma fila de bichos com ela. E eu não sei viver sem nenhuma delas.
5)
Paula, de Isabel Allende. Isabel perdeu a filha, eu perdi meu pai. Toda vez que leio, fico triste e emocionada. E depois fico como a terra molhada de chuva.
6)
O Poder do Mito, de Joseph Cambell. Tem um parágrafo maravilhoso dele, não sei se é nesse livro ou em outro, que diz mais ou menos assim:
"Em uma aula, uma aluna do Joseph Cambell reclamou do papel da mulher nos mitos e contos de fada. Ele se espantou: Mas a mulher é a mãe do herói, é a fada que o salva e guia nos perigos, é a mulher por quem ele se arrisca! A mulher é a razão da história do herói! E a aluna respondeu: Mas eu quero ser o herói."
Eu quero ser o herói. E tá aqui a razão, que eu li num Sandman qualquer: "Contos de fadas existem não para dizer que dragões existem, mas sim que dragões podem ser vencidos".
7)
Todo o Sandman. Tudo que Neil Gaiman escrever. Até a lista da feira.
8)
Ultraje ao Pudor, de Pittigrilli. Comprei este livro num sebo, edição dos anos 30. Delicioso e com a ortografia da época. Irreverente, irônico, desafiante dos poderes estabelecidos, uma delícia. Deviam ser todos reimpressos, ô criatura difícil de achar em sebo!
9)
Filmes Proibidos, de Bruna Lombardi. Uma louca nos anos 80. Se fosse hoje, teria um blog e seria amiga da Fal, da Marina W e das Megeras Magérrimas. Leia e eu te desafio a não se apaixonar por ela, que não tem o nome revelado em nenhuma página sequer.
10)
Antologia Poética de Mario Quintana. Ele me ensinou que poesia é um bicho livre.
Engraçado notar que a primeira versão da lista ficou diferente desta. Eu colocaria Calvin & Haroldo, a Turma da Monica, Luluzinha, a trilogia de Griffin e Sabine, Zé Limeira, Cem Dias entre Céu e Mar, O Morro dos Ventos Uivantes, o blog da Fal, ih, a coleção Mar de Histórias... O Edifício, de Will Eisner tem que entrar também. Desse jeito eu não termino nunca, a lista vira um caleidoscópio. That´s All, Folks.