é engraçado como ter consciência faz com que muita coisa mude.
já tentei umas mil dietas :) como qualquer outra criatura portadora dos cromossomos xx.
já fiquei até magrinha, mas não durou.
dessa vez, sem o açúcar que tanto amo mas que tenho que rejeitar, com carboidratos contados na ponta do lápis e com o auxílio luxuoso da academia mais legal do mundo (sim, sou garota-propaganda da curves, quem quiser saber pode falar comigo), fazer regime está simples e fazer ginástica é divertido.
não é que eu não passe vontade. e como passo. deus do céu, tinha um pudim de leite moça na geladeira e eu resisti. com o coração doendo e o estômago gritando please, mas resisti. nem um átomo do pudim tocou os meus lábios de mel. quer dizer, de mel, não, de adoçante.
e não perdi o bom humor, né? só nos primeiros tempos, em que eu fiquei chatíssima, aborrecidíssima e meu amadíssimo marido não me matou, não se matou e nem me largou. esse home me ama.
mas a consciência, eu ia dizendo. é uma questão de mudança pro resto da vida. o que pesa mais para mim: um brigadeiro ou a tranqüilidade de não temer uma retinopatia? o pudim de leite moça, indecente, imoral e explícito, prometendo prazeres inenarráveis ou poder me orgulhar de vencer a cada dia o seu desafio, e comemorar os meus amados 88 de glicose, com todas as outras taxas me valendo elogios do médico, que disse que eu mereço medalha de ouro?
meu sossego vale mais do que uma lata de leite moça - e olha que para mim uma lata de leite moça vale muito. mas esta é minha condição. um dia eu vou querer ter meu filho e quero ter saúde para isso. quero ter exames bons para ter vida longa e próspera :)
e se isso ajudar - como vem ajudando - o manequim a despencar a olhos vistos, e as blusas justinhas vestirem bem, e um certo ciuminho brilhar no fundo dos olhos de amado marido, ciuminho de mãos dadas com um orgulho danado da amada mulher dele, então, é a glória.
e vamos vivendo com cocadinhas diet, wafers diet, chocolate diet da nestlé (o da kopenhaghen não, que eu não gosto) e com o não pouco apoio dos amigos.
se isso não é adoçar a vida, minha gente, eu não sei o que é.
e isso vale todas as caixas de bis do mundo, somadas a todos os sonhos-de-valsa, nhá bentas, negos bons e brigadeiros que qualquer mente pérfida possa imaginar.
eu sou uma vitoriosa. não em tudo na vida, mas nisso eu sou. por mérito meu, que me venço a cada dia.