certa vez, umas eleições atrás, fui abordada por um político, um candidato a deputado federal que encheu meus pacová com blablablás sobre ser parente do tancredo neves. não era o aécio não (ou aecinco, para quem viveu o fim do governo sarney).
infelizmente, fui educada e não disse a ele o que eu estava pensando. não, não foi isso, não foi o óbvio que se pensa de políticos. foi que tancredo neves para mim é história medieval. não sei de nada que ele tenha feito. sei que ele morreu e foi feriado, e eu não fui para a escola. sei que coração de estudante tocou ad nauseum. e é só isso que sei de tancredo neves.
estou falando isso por conta do revival do cidadão. eu acho tudo isso muito chato, pode me chamar de alienada. eu me arrependo por não ter sido sincera lá com o tal candidato que veio me pedir um votinho pelamordedeus. ele podia estar roubando, mas estava pedindo um voto. mas enfim: eu tinha 14, 15 anos quando tancredo morreu. eu lá sei quem era tancredo? deixem o pobre descansar e descansem os meus ouvidos. quem é político que tente se eleger com idéias mais próximas à realidade atual. tancredo neves, para mim, é passado distante.
que, aliás, nem se concretizou. falam tanto de tancredo e tiradentes, e nisso eles têm uma coisa em comum: morreram antes de fazer a mudança que esperaram a vida toda. tiradentes como bode expiatório da conjuração mineira (que foi esmagada no começo) e tancredo sem sequer ser presidente por cinco minutos que fosse.
depois eu falo aqui da raiva que me dá a conjuração mineira. o primeiro grito de república das américas foi dado em olinda pelos integrantes da confederação do equador e isso ninguém fala. mais um reflexo da política café-com-leite, chega! eu não vou dar aula de história em pleno feriado.
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