98 Telinha e seus gatinhos

no dia que eu me zangar
mato voce de carinho

Ze´ Limeira

25.8.02

trecho da reportagem da veja sobre falta de desejo

(...) Mulheres, ao contrário dos homens, continuam a ser educadas muito mais para proteger-se das conseqüências indesejadas do sexo do que para usufruir dele. Ainda hoje, quando pais se dispõem a conversar sobre o assunto com as filhas, limitam-se quase sempre à sua parte desagradável. Leia-se: gravidez indesejada, doenças venéreas e, mesmo sem dizer claramente, a idéia implícita de que boas meninas não devem fazer muito sexo. Do lado bom da coisa, pouco se fala. A deseducação sexual da mulher é um fato. O que as meninas ouvem sobre o tema em casa ou na escola está muito abaixo da quantidade de informação que deveriam ter. Quando se relacionam com homens, costumam deparar com outra barreira: o desconhecimento que seus parceiros habitualmente têm a respeito do funcionamento do corpo e da alma da mulher. A partir daí fica fácil entender por que elas sofrem três vezes mais de falta de desejo do que eles, como apontou a pesquisa coordenada pela psiquiatra Carmita Abdo.


Isso me lembra o que um amigo, pai de um menino adolescente, me disse, um dia: "Ele já já vai descobrir o bom da vida", falando sobre a nova fase do garoto, de descoberta da sexualidade. E meu queixo foi ao chão, pq nunca, em momento algum, na minha casa, me falaram de maneira tão positiva. Quase nada além de "De onde vêm os bebês" e "como uma mocinha de família deve se comportar com o namorado".

O pior é que esse padrão se repete nas Sandys da vida, nos Júniores também, e a garotada é bombardeada por peitos, bundas, aids, gravidez indesejada, namorado pressionando para transar, turma pressionando para que o menino prove que é homem, o caos. por uma coisa que - nem lembro mais aonde li - qualquer organismo pluricelular faz: sexo.

ô nó cego...