98 Telinha e seus gatinhos

no dia que eu me zangar
mato voce de carinho

Ze´ Limeira

16.12.01

pequeno desabafo sobre um assunto obscuro.

às vezes é difícil, mas a gente tem que parar de vez em quando e pensar que os outros são tão humanos e falhos quanto nós.
é difícil, pq a gente tende a idealizar quem ama.
e não importa qual seja o alvo do nosso amor, vai ser tão falível quanto qualquer um.
o resto é bobajada romântica para boi dormir.
só que é difícil quebrar esse condicionamento, essa imposição narcisista de que "a força do meu amor o fará perfeito"
perfeito nada.
humano, tão fraco quanto eu, tão errado quanto eu, tão maravilhoso quanto eu.
mas o aprendizado dói.

o aprendizado que começa quando a gente começa a ver que pai e mãe não são os deuses que detém sabedoria e força e sim duas pessoas que tentam criar você da melhor maneira que dá.
e que seus amigos um dia vão dizer uma coisa que te magoe.
e que o cara ou a menina que você ama um dia vai pisar na bola.

mas eu já disse isso há tempos, quando afirmei que posso magoar e ser magoada, o importante é que isso não aconteça por maldade, intenção de ferir. não havendo essa intenção, o resto se conversa.

mas às vezes a gente fica cheio de dedo para conversar. então o jeito é se resolver sozinha, pq no fim das contas, os incomodados é que se mudam. no caso, não se mudar de sair de perto, mas se mudar de se transformar.

mas é difíiiiiiiiiiiiiiicil quebrar estereótipos e separar o que a gente sente do que a gente está programado para sentir.