soube que anne rice escreveu livro novo, dizendo, de novo, que é o último com lestat.
isso me deu um desgosto danado. porque eu amei essa mulé, entendam. eu tenho a entrevista com o vampiro com tradução da clarice lispector. eu li o vampiro lestat compulsivamente uns cinco anos antes dele virar moda. meu livro é da primeira edição, caprichadíssima e rabiscadíssimo com tantas cores de marca-texto que às vezes nem dá para ler direito o que está embaixo. tem letra de música (de doors a a-ha, acreditem no meu ecletismo), poema feito por amigo, os cambaus. e eu escrevo aqui, com todas as letras, o vampiro lestat é um livro perfeito. sem tirar nem pôr uma vírgula. apaixonante.
aí veio a rainha dos condenados. que é bom. mas não é espetacular, além de ser prolixo como o diabo. mas eu li, rabisquei, me apaixonei por um vampiro egípcio (khayman, meu khayman!), soube como os vampiros apareceram na terra, enfim, mas cem páginas a menos deixariam a história mais enxuta.
então, veio qual mesmo? a lenda do ladrão de corpos. dai-me forças, que esse livro é chato. só rendeu uma boa música em espanhol, el vampiro bajo el sol, acho que do fito paes, cantada pelos paralamas no cd severino.
Memnoch, the devil - ou seja lá qual seu título em português, é uma das coisas mais vergonhosas que eu já li. alguém tinha que ter sacudido a anne rice e feito a mulher acordar do surto psicótico que a levou a escrever tanta coisa ruim junto. nem vou me ater ao aspecto religioso do livro - lestat viaja legal e delira que bebe o sangue de jesus - mas o livro é péssimo. li porque sou teimosa. este livro é um desperdício de papel, tinta e tempo. mantenha distância. eu vou manter.
então eu ignorei solenemente os outros livros, pandora e o vampiro vittorio, e caí na tentação de ler o vampiro armand. que, depois da péssima experiência de ler menmoch, me pareceu bonzinho. e nunca mais li nada da autora.
ah, claro: li numa locadora de livros (ô nome besta para biblioteca) a múmia - ramsés o maldito. valeu boas risadas de tão mal escrito. tem uma cena de sexo que chega a tirar o fôlego, mas em outro sentido. eu ri de constrangida. e nunca li nada da saga de bruxas que ela escreveu. para mim, anne rice é crônicas vampirescas, crônicas vampirescas é anne rice.
agora vem mais um. e eu estou aqui espantada por não ter vontade nenhuma de ler. quer dizer, espantada, não. só chateada por constatar a decadência da minha autora preferida. entrevista com o vampiro e o vampiro lestat são dois dos meus livros preferidos, e eu tinha a esperança de que tudo que ela escrevesse teria a excelência contida neles. me enganei.
e, antes que vocês me perguntem, não gostei do filme.
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