98 Telinha e seus gatinhos

no dia que eu me zangar
mato voce de carinho

Ze´ Limeira

27.2.03

Réquiem do Pequeno

Te falta o gesto largo, a ébria poesia
Te sobra a pequeneza, as pequenas certezas
Como Agenor dizia

A vida não te intoxica enquanto contas trocados
Não vês o anzol e a linha da vida que passa ao teu lado
Te falta subir ao mais alto, te falta descer ao mais baixo
Te sobra a maldita prudência, alegrias compradas a prazo

Ao invés de viver, sobrevives, sacrificas o essencial
Não choras de dor em finados, não gritas de amor carnaval
Cometes então, que surpresa! o sacrilégio final
Não vês a fugaz e humana beleza e sonhas em ser imortal

do melhor disco dos Paralamas - Severino, de 94