O ofurô do hotel
Pois. Quando Fred escolheu o hotel, disse que tinha ofurô para casal na suíte, e eu fui nas nuvens. Lá chegando, não era beeem assim. Imaginei aqueles ofurôs tradicionais, como um barril cortado na metade. Não era. Imaginei que dava casal. Era para um só. Na verdade, era só o batente do box alto um metro, uma paredinha, por assim dizer.
Mas, menino, deixa eu te contar. Ofurô é uma viagem. Fred foi primeiro, saiu vermelho, adorando tudo. Aí foi minha vez... água quente! Incomoda um pouco, cheguei a suar. Mas quando acostumei e vi que dava para me encolher e flutuar um pouquinho... parecia barriga de mãe: sem peso, água morna, um silêncio de coração batendo. Luz apagada, claro. E só pensando... é booooom... Saí de lá parecendo uma uva passa, toda enrugadinha nos dedos dos pés e das mãos. E perguntei a Fred se aquilo era só água, se não tinha nada misturado, pq relaxa que é uma loucura e dá uma certa euforia. Contraditório, mas é verdade... dá uma alegria esse ofurô! Dormi feito criança, acordei nova no outro dia.
Quero mais!
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