Tava lendo o blog do Expe e sou citada nele! hoje num drumo!
Aí lembrei de falar da morte do Renato Russo.
Era véspera do meu aniversário. Eu trabalhava na Rádio Cidade, era de manhã cedo, quando alguém chegou falando que o renato tinha morrido de overdose. Ninguém na gravadora dele dizia coisa com coisa, ouvintes ligando, tudo confuso. Lembro de correr para falar com o locutor, e o corredor da minha sala para o estúdio parecia enorme...
Então começou a aparecer na tv que ele tinha morrido de aids, o que era um absurdo, renato russo com aids e ainda por cima morto, baixou uma tristeza imensa em todo mundo. E só tinha uma música do disco novo tocando na rádio, pq a gravadora só tinha mandado um single com a música de trabalho. Uns dias antes eu tinha comprado o disco novo - A Tempestade ou O Livro dos Dias - e precisei ir para casa na hora do almoço para pegá-lo, pq de noite ia ter um especial com a banda: o último disco tocado de cabo a rabo.
Nessa noite não falei com o Fred. É muito chato ser portadora de más notícias. Imagina deixar esse recado na secretária eletrônica: "Oi, só tou ligando para dizer que o Renato Russo morreu. Me liga quando chegar em casa". (Claro q eu ia dizer de uma forma mais delicada, mas a mensagem, no fundo, seria essa).
Não, eu não queria falar nada, comentar o fato doloroso de nunca mais ter um cd novo do legião para ouvir.
Uns dias depois, chegou uma carta dele (eu não tinha micro, ainda) contando que conheceu o cara, que tinham amigos em comum e eram macacas de auditório do morrissey. E que acabou sendo entrevistado para falar do legião num programa de rádio de um amigo, cujo nome me foge agora. Aí eu fiquei besta: Fred era amigo do Renato e eu nem sabia.
Daquele dia ficou o pasmo, e o renato escapando das mãos da gente feito areia.
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