98 Telinha e seus gatinhos

no dia que eu me zangar
mato voce de carinho

Ze´ Limeira

9.1.03

bem diz o ditado "quem guarda, tem". remexendo nuns jornais velhos do fred, encontrei este texto do millôr, na folha de são paulo,dia 24 de setembro de 2000, falando das olimíadas de sidney

abre aspas

Dizem que, para não cair no lugar-comum, não se usou o canguru como símbolo das Olimpíadas. Eu, que gosto tanto de canguru como de lugar-comum, fiquei decepcionado. Embora já esteja acostumado com equívocos a respeito do bicharoco.

Segundo a lenda, um marinheiro do capitão Cook, explorador da Austrália, ao ver aquele estranho animal dando saltos de até dois metros de altura, perguntou a um nativo como se chamava o dito. O nativo respondeu, em "guugu yimidhirr", língua local, "gan-guruu", "não sei". E o animal passou a ser chamado, ora pois, de "não sei". Até o "Aurélio", nossa pequena bíblia, engoliu essa.

Desconfiado que sou dessas "origens", pesquisei em alguns dicionários etimológicos. A etimologia precisa só encontrei, como quase sempre, em Partridge, o mais importante etimologista do nosso tempo:

"'Kangaroo'; 'wallaby' (variação de canguru)
As palavras 'kanga' e 'walla', significando saltar ou pular, são acompanhadas pelos sifixos 'roo' e 'by', significando quadrúpedes". Portanto Kangaroo e Wallaby seriam quadrúpedes puladores e quadrúpedes saltadores. Por aí.

Quando comuniquei a descoberta a Paulo Rónai, notável filólogo e grande amigo e colaborador de Aurélio Buarque de Holanda, Paulo gostou de saber a origem "real" do noem canguru. Mas acrescentou: "Que pena. A outra versão é muito mais bonitinha. Também acho.