jogo do currículo
aprendi a ler vendo vila sésamo.
durante muitos anos tive medo de entrar em igrejas à noite.
já quebrei a cara algumas vezes por não ter quebrado a cara de quem merecia ter a cara quebrada.
me apaixonei por um cara que só conhecia por cartas, e acabei casando com ele.
minha sobrinha, aos 6 anos, disse que eu não era gente grande. eu tinha mais de 20 e fiquei muito feliz.
fui menudete. ainda sou.
gosto de ver último capítulo de novelas, mesmo que não tenha acompanhado a história
tenho medo de alma do outro mundo.
tentei aprender violão e desisti.
tenho todos os livros da lygia fagundes telles, menos um - o primeiro, que ela nunca deixou ser impresso de novo.
arco íris é uma coisa que me deixa feliz.
já me apaixonei pelo namorado da melhor amiga. e, em nome da amizade, curti a fossa sem falar nada.
dei meu primeiro beijo aos 15. morri de vergonha e depois fiquei rindo sozinha.
nunca viajei ao exterior, mas já comi pão doce em uma padaria de ji-paraná, interior de rondônia.
não gosto de usar roupas verdes.
já estourei o limite do cartão algumas vezes e me arrependi amargamente. isso não impediu de estourar de novo.
comprei uma máquina polaroid carésima e não uso porque o filme também é caro.
sou ridiculamente romântica mas tento reprimir este lado da minha personalidade.
já me apaixonei por um cara que apareceu num sonho.
sei fazer um estrogonofe maravilhoso.
já colecionei miniaturas, mas enjoei.
sei cantar o hino nacional sem errar nada.
aos 10 anos eu e a minha escola inteira cantamos pedindo chuva a jesus: a cidade enfrentava uma seca horrível. e não, não choveu, pelo menos que eu me lembre.
quero fazer uma tatuagem mas me falta coragem.
já operei a vesícula.
já peguei ônibus errado e, por medo de saltar no meio do caminho e não saber voltar para casa, fui até o terminal, num lugar esquisitíssimo.
minha mãe diz que eu engatinhava de marcha-ré.
ganhei um prêmio num jornal quando era adolescente.
já tive o cabelo imenso, abaixo da cintura, e ruivo de cachinhos. num surto, cortei quase joana d´arc.
quando eu não gosto de uma pessoa implico até com o branco dos olhos dela.
duas taças de champanhe me apagam.
morro de vontade de aprender a frevar.
já fiz xixi na calça de tanto rir.
acredito no código de thundera.
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