Exploração: O Mundo Interior - André Breton
Não dou nenhuma importância à vida
Não pinço a mínima borboleta de vida à importância
Não importo com a vida
Mas os ramos do sal os ramos brancos
Todas as bolhas de sombra
E as anêmonas-do-mar
Descem e respiram no interior do meu pensamento
Elas vêm dos choros que não verto
Dos passos que não dou que são duas vezes passos
E cuja areia se lembra de uma maré alta
As grades estão dentrod da gaiola
E os pássaros vêm de bem alto cantar diante dessas grades
Uma passagem subterrânea une todos os perfumes
Um dia uma mulher entrou ali
Essa mulher se tornou tão brilhante que não pude vê-la
Com estes olhos que me viram queimar a mim mesmo
Já tinha esta idade que tenho
E eu espreitava a mim e meu pensamento como um vigia noturno em uma imensa fábrica
Único vigia
respeitada a ausência de pontuação do original em francês
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