me salve, meu pai, desse povo que enche a boca para dizer "eu odeio isso" e "queria que fulano morresse, levando todos os fãs junto". é um início de ditadura - estética, que seja - mas é de um "quero-dominar-o-mundo" que dói nos nervos.
sim, eu não gosto de daniel nem leonardo nem axé nem essas outras coisas ditas abomináveis por seres de "bom gosto", mas se eu não gosto eu mudo de canal, eu desligo o rádio, eu penso em outra coisa. caramba.
pq reginaldo rossi é muito bom de ser cantado numa roda de amigos, axé é ótimo para fazer faxina e espingarda de dois canos é para matar dupla sertaneja. não, livrai-me desses ditadores do mal, amém.
se não gosto, não dou ibope nem fico falando prás paredes. que as paredes não deixaram de ter ouvidos, mas enfim. se o sol no quengo atrapalha o juízo, os pensamentos e a blusa gruda de suor, que é que se há de fazer além de tomar banho quando chegar em casa? trópico é trópico, se neguinho estivesse na suíça xingaria a neve. que derrete e vira lama. e da lama ao caos, já dizia chico science, é um pulo.
não, me poupem dos seus ódios pequeno-burqueses de querer ir em ny fazer compras, como agenor dizia. ou, nas sábias palavras de cris, lagartazul, i´m so british i could die. ora caramba. angeli já falou disso numa charge dos anos 80. nada mais patético que xingar a vida.
baiano, colega de faculdade, falou que joaquim francisco achava que recife era londres e o capibaribe era o tâmisa, quando lançou aquele ônibus dois-andares todo amarelo e azul. no andar de cima balançava, dava enjôo no meu estômago tão sensível.
não gosto de buchada, mas não vou amaldiçoar. terra que me pariu adotou ariano suassuna, quero ver quem fala mal na minha frente de recife sem levar um tabefe metafórico. virgem, estou verborrágica.
painho, painho, me salve. dessas mentes pequenas que querem o mundo do jeito delas, o que seria um tédio só de gente de preto ouvindo smiths embaixo do nosso sol de raios fúlgidos. neguinho ia se suicidar como mosca. melhor ouvir maracatu. e a americanas está com promoção de cd a 9,99 e eu estou caindo em tentação. tem mestre ambrósio, veja só.
queria sim ter dinheiros para comprar os cds e ir aos lugares e ser alternativa com blusinha de fuxico. inveja, ah. tem tanto livro para comprar que dá vontade de sentar à margem do rio piedra e chorar. e filme para ver, então? nessa encarnação ainda é pouco. serginho, se você está me lendo, segure minha mão pq não consigo parar de escrever.
um dia eu vou conhecer o ateliê de brennand. mas o calor afeta os neurônios de fred, que entra em fase de lagarto na pedra. digamos que desliga a chave geral do meu marido. enquanto isso o suor escorre nas costas. e se eu tomar cerveja fico vermelha e sem pernas, melhor coca cola pq devido à uma virose peguei abuso total de água de coco. e caldo de cana não mata a sede, dá sede. aqui no sul-maravilha se come com pastel, mas eu prefiro com pão doce, apoteose de glicose.
pernambucana nascida na terra do açúcar, catende e suas usinas, quer que corra o quê nas minhas veias?
socorro, zé limeira, meu padroeiro. me faça uma redatora de sucesso. quero ser convidada no saia justa e dar um beijo em ritalí.
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