98 Telinha e seus gatinhos

no dia que eu me zangar
mato voce de carinho

Ze´ Limeira

16.12.02

incrível isso que aprendi outro dia: o inconsciente é atemporal, ou coisa que o valha. quando nos emocionamos, não importa quando foi: é sempre agora. lembrei disso por conta da peça de romeu e julieta por ariano suassuna. espremo meus miolos ralos para lembrar as letras das músicas da peça que vi lá no teatro armorial (foi lá mesmo?) em 97 ou 98, lá no século passado, com ariano na platéia e aramis trindade fazendo ariano no palco.

lindo de morder o nó do dedo para não explodir em soluços. e não acho a agenda onde copiei alguns trechos, e a internet se mostra pródiga na falta de links decentes.

quero o texto dessa peça com todas as fibras do meu ser.

teve tanta coisa linda mas só lembro mais acertado de um trechinho cantado por julieta, te faço cama de flores, travesseiro de jasmim, te lavo com água de cheiro, te deito por sobre mim...

é ou não é de destruir as defesas de uma criatura? é como lembrar de um sonho, puxando palavras e a coisa simplesmente emocionando, comendo seu coração que nem maçã do amor e você gostando e querendo mais. ô ariano, como tu faz isso comigo?

e no fim da peça o desabafo dele: escrevi, mas não gostei dessa história de romeu. tudo pq a lei da família é simples: inimigo mata inimigo, não se apaixona por ele. diga isso lá em exu. :)