2001, o ano que não acabou
Gil lembra que hoje faz um ano do acidente de Herbert Vianna.
Herbert se recupera e volta a ensaiar
Passado um ano do acidente de ultraleve que deixou o cantor Herbert Vianna paraplégico e matou sua mulher, a inglesa Lucy Vianna, o líder do Paralamas do Sucesso está em franca recuperação. O músico já está compondo para um novo CD e demonstrou desejo de voltar ao palco para um show do grupo, programado para o segundo semestre deste ano. Ontem, véspera do acidente completar um ano, Herbert passou o dia em casa, com a família. Segundo seu pai, o brigadeiro reformado Hermano Vianna, apesar de não se lembrar de detalhes da queda do ultraleve, o músico sabe que hoje faz um ano da tragédia. Ele deverá ensaiar hoje no estúdio em sua casa, com os Paralamas:
— Ele está triste, mas não consegue se lembrar do acidente — contou o brigadeiro.
Hermano Vianna, irmão de Herbert, disse que o cantor, que só tem saído de casa para fazer fisioterapia, já consegue caminhar segurando numa barra.
Juiz decidiu não arquivar inquérito sobre acidente
Até agora, a Justiça não chegou a uma conclusão sobre as causas ou a responsabilidade pela queda do aparelho em que Herbert e Lucy viajavam. O inquérito foi encaminhado pelo juiz Luiz Antonio Valiera do Nascimento, da comarca de Mangaratiba, ao Ministério Público Estadual em junho do ano passado. Na época, o juíz rejeitou o pedido de arquivamento do inquérito policial, proposto pelo promotor Luís Otávio Figueira Lopes. O Ministério Público não fez denúncia contra o músico, apesar da recomendação do juiz, e aguarda informações do Departamento da Aviação Civil (DAC) sobre possíveis falhas que aparelhos do gênero podem apresentar.
O arquivamento foi proposto pelo promotor Luís Otávio com a alegação de falta de interesse processual pela possibilidade de aplicação do perdão judicial. Na época, o juiz considerou que a alegação do Ministério Público “ perde a razão de ser”, uma vez que há indícios, em tese, “de crime de homicídio culposo e crime de perigo, sendo certo que este último não admite a aplicação do perdão judicial”.
Segundo o juíz, existem depoimentos de testemunhas nos quais é mencionado que o músico fazia manobras acrobáticas e vôos próximos ao solo. Para ele, o promotor se antecipou e reconheceu a aplicação do perdão judicial sem vislumbrar hipótese diferente, argumentando que efeito algum resultaria da decisão. Os autos, então, foram encaminhados ao procurador-geral da Justiça que designou o promotor Fernando Chaves para o caso.
O ultraleve, pilotado por Herbert, caiu na água a 20 metros da praia de Mangaratiba, no dia 4 de fevereiro do ano passado. O músico sofreu traumatismo de crânio, com hemorragia cerebral, e ficou internado, em estado grave, durante 44 dias. Sua mulher Lucy morreu afogada.
O Globo
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